quarta-feira, 1 de julho de 2015

Revisão 1ºB

RECUPERAÇÃO REFERENTE AO II BIMESTRE – 9° ANO
LÍNGUA PORTUGUESA – ANA PAULA


1.      A crônica é um gênero que teve origem nos jornais. Como sabemos, um fato cotidiano pode tornar-se um belíssimo texto (crítico, humorístico, esportivo e etc.). Pois bem, o esporte – seja qual for a modalidade  – é um evento do nosso cotidiano, principalmente no Brasil, terra conhecida por muitos como “País do Futebol”. A Crônica Esportiva não precisa apresentar uma abordagem técnica, objetiva; o que destaca nesse gênero é análise e a opinião de quem o escreve. E, ao fazer este tipo de análise, o cronista pode selecionar um aspecto (uma pessoa, um fato, uma jogada) e abordá-lo de forma espontânea. É por isso que linguagem nesse tipo de texto é mais informal que em outros textos jornalísticos, como a noticia e a reportagem, por exemplo. Isso decorre por causa de uma característica do gênero crônica – o autor não tem compromisso de reproduzir os fatos, ele os apresenta de acordo com um ponto de vista, de uma sensibilidade particular.
O texto que você vai ler agora é uma crônica esportiva, escrita para comemorar a vitória da seleção brasileira feminina de futebol na semifinal da Copa do Mundo, realizada na cidade de Xangai (China), em setembro de 2007. Boa leitura! (1.0)

A HORA E A VEZ DA MULHER

No filme “Quanto mais quente melhor”, Jack Lemmon e Tony Curtis, vestidos de mulher para fugir de gângsteres, observam fascinados o andar bamboleante de Marilyn Monroe, de saltos altos, na plataforma de uma estação de trens. Mal conseguindo se equilibrar sobre os saltos, Lemmon pergunta: “Como é que elas conseguem? Devem ter um sistema especial de molejo embutido.”
Por mais incongruente que pareça, lembrei dessa cena memorável ao assistir ao baile que as moças brasileiras deram nas americanas na semifinal da Copa do Mundo feminina de futebol. Foi o maior espetáculo futebolístico - de qualquer sexo que vi nos últimos tempos. 
Não foi por acaso que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) se curvou e o próprio Dunga se encantou com os jogos das meninas. Já é tempo de deixarmos de olhar o futebol feminino com uma condescendência superior e reconhecermos que elas podem ter sobre nós algumas vantagens dentro de campo.
Pois, se todos admitem que uma grande virtude no futebol é o jogo de cintura, as mulheres estão muitos pontos à nossa frente nesse quesito.Cabrochas de escola de samba, bailarinas de dança do ventre...Que homem é capaz de requebrar como elas?
Já que no futebol masculino predominam cada vez mais a força bruta e o condicionamento físico, a ponto de Tostão ter observado que o último grande atacante baixinho foi Romário, é possível que num futuro próximo tenhamos mais chance de encontrar a arte do futebol entre mulheres do que entre homens.
Um exemplo evidente: é muito mais bonito ver jogar a seleção feminina alemã, que amanhã faz a final contra o Brasil, do que a masculina. E não me refiro apenas à beleza das pernas, mas ao jogo em si. Um lance como drible de Marta, que, de costas para a adversária, deu um toque de calcanhar, girou o corpo e foi buscar a bola do outro lado, é de fazer inveja até a um Ronaldinho ou um Messi. Vai jogar bem assim lá na China (de preferência amanhã).
Dunga enfatizou o “espírito de sacrifício” das garotas. Tudo bem. Mas Marta, Cristiane, formiga e companhia estão mostrando muito mais do que isso. Estão mostrando talento, ousadia, invenção e prazer de jogar. É isso o que as torna únicas. Sacrifício por sacrifício, qualquer brasileira da classe média para baixo também faz, e não é de hoje.
E bem feito para o técnico dos EUA. Um sujeito que magoa, deixando no banco uma mulher tão linda quanto a goleira Hope Solo, merece o pior dos castigos. [...]

José Geraldo couto. A hora e a vez da mulher. Folha de são Paulo, 29 de setembro de 2007. P. D6





No filme Quanto mais quente melhor (1959), Tony Curtis e Jack Lemmon interpretam dois músicos desempregados que, acidentalmente, testemunhas um crime cometido por Gângsteres.
Para não serem reconhecidos e eliminados, eles resolvem assumir a identidade feminina e passam a integrar uma banda composta exclusivamente por mulheres, da qual Sugar Kane, personagem vivida por Marylin Monroe, é vocalista.

Vocabulário:
Cabrocha: mulher que gosta de samba, passista de escola de samba.
Condescendência: tolerância, compreensão.
Gângster: membro de uma quadrilha.
Incongruente: inadequado.


2.      O autor inicia seu texto com uma referência a um filme, atentando-se a isso, responda: (1.0)

a.      O que aproxima a cena do filme e o jogo em questão?
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b.      Por que o autor admite que a comparação pode parecer incongruente, ou seja, inadequada?
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3.      Ao prever que “num futuro próximo” talvez “tenhamos mais chances de encontrar a arte do futebol entre mulheres do que entre homens”, o cronista deixa implícita no texto sua opinião sobre o futebol hoje em dia. Qual é ela? (0.5)
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4.      Releia e em seguida responda: (0.5)

“Já é tempo de deixarmos de olhar o futebol feminino com uma condescendência superior e reconhecermos que elas podem ter sobre nós algumas vantagens dentro de campo”

- Nesse trecho, o autor cita que há algumas vantagens femininas. No parágrafo seguinte, ele descreve uma delas. Qual é a vantagem apresentada?
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5.      A crônica lida exalta a participação feminina no futebol em razão do talento demonstrado pelas atletas. Agora, faço um pequeno texto argumentativo refletindo sobre a seguinte questão. – A escassa participação feminina em determinadas profissões e esportes é uma questão de preconceito, ou existe razão para que algumas atividades sejam vetadas para as mulheres? (1.0)

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6.      
7.     ______________________________________________

8.      Todas as palavras sublinhadas foram usadas incorretamente, EXCETO: Marque apenas uma alternativa! (1.0)

a.       Não estacione naquele local, se não você será multado.
b.      Donde nos leva com tal rapidez?
c.       Não compreendemos o motivo, mais, eles continuam brigando.
d.      Ele traz nas mãos muitos livros para vender.


9.      Marque a alternativa que se encontra uma oração subordinada substantiva apositiva: (1.0)

a. Na rua perguntou-lhe em tom misterioso: onde poderemos falar à vontade?
b. Ninguém reparou em Olívia: todos andavam como pasmados.
c. As estrelas que vemos parecem grandes olhos curiosos.
d. Em verdade, eu tinha fama e era valsista emérito: não admira que ela me preferisse.
e. Sempre desejava a mesma coisa: que a sua presença fosse notada.

10.  Classifique as orações subordinadas substantivas abaixo. ATENÇÃO: SUBLINHE A ORAÇÂO SUBORDINADA DEPOIS DA CORRETA CLASSIFICAÇÃO! (1.0)

a.      É possível que ela se atrase.
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b.      O homem achou que o mundo ia se acabar.
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c.       Avisei-o de que não haveria aula na sexta.
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d.      Tem certeza que vai embora agora?
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e.       Minha alegria é vê-la feliz!
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f.       O que eu mais quero é: que todos tenham direito a uma boa educação.
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11.  Qual o período em que há oração subordinada substantiva predicativa?

a) Meu desejo é que você passe nos exames vestibulares.
b) Sou favorável a que o aprovem.
c) Desejo-te isto: que sejas feliz.
d) O aluno que estuda consegue superar as dificuldades do vestibular.
e) Lembre-se de que tudo passa nesse mundo.


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